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Trancos no câmbio (FL2/outros)

Um problema relativamente comum nas Freelander 2 / Evoque com 8 anos ou mais é começar a sentir alguns trancos no câmbio ao mudar de N para D, por exemplo.


Links rápidos: PRINCIPAIS CAUSAS



A Freelander 2 usa a transmissão TF81-SC, que é fabricada pela empresa japonesa AISIN SEIKI, pertencente à TOYOTA, em conjunto com a companhia americana WARNER. Esta transmissão é controlada eletronicamente por solenóides, de 6 velocidades, muito utilizada atualmente em vários veículos, e que divide vários problemas com outras transmissões semelhantes.


Um estudo realizado com proprietários desses veículos mostrou que com o uso na cidade, mostram sinais de desgaste da transmissão tão cedo quanto 80.000 Km. Isto é devido ao fato que ocorrem mais mudanças de marchas na cidade do que na estrada, exigindo muito mais dos solenoides e dos pistões do corpo de válvulas da transmissão.


Pela experiência acumulada com centenas de oficinas e opiniões de técnicos reparadores, dificilmente é necessário remover estas transmissões no dia a dia da oficina, e a maioria dos problemas podem ser solucionados sem a remoção da transmissão do veículo.


CAUSAS MAIS COMUNS


Estes trancos podem ter várias causas, mas em boa parte dos casos pode estar relacionado ao óleo do câmbio ou solenóides.


Um outro fator que pode se tornar um problema é a falha do conversor de torque por desgaste. Uma causa pode ser a falta de substituição regular do fluido ATF da transmissão e outra, que o fabricante do veículo desenvolve seu projeto com o objetivo de buscar diminuição de emissões e economia de combustível, e não de durabilidade da transmissão, e assim, a aplicação da embreagem do conversor de torque (Lock-Up) está hoje sendo usada em praticamente todas as marchas.


SCANNERS


Se você tiver um scanner doméstico pode checar se existem códigos de erros associados. Quando o problema é apenas o óleo normalmente não existem erros de câmbio. Veja como usar o scanner AQUI


Se não tem scanner e quer um, aproveite a nossa loja! Todos são testados e validados para uso em Land Rover após 2007.



FORMAS DE RESOLVER:


Limpeza dos parâmetros do câmbio


O câmbio possui um auto aprendizado para compensar eventuais desgastes, e eventualmente estes dados podem estar corrompidos. Muitos mecânicos dizem que vão "atualizar o software" do câmbio, mas na verdade apenas limpam os dados de auto aprendizado. Isso pode resolver o problema em alguns casos, e pode ser feito com um scanner profissional. Há relatos de que o procedimento abaixo resolveu também em alguns carros:



Além disso, é importante saber sobre o óleo do câmbio:


ÓLEO DE CÂMBIO NUNCA FOI TROCADO


Se seu carro tem mais de 80.000km ou 8 anos, recomendo fortemente a troca. Muito cuidado com o óleo a ser usado (é diferente da imensa maioria dos carros "comuns").


Como regra geral, uma troca a cada 50.000 a 60.000Km é bastante recomendável. Após a troca deve ser feito o procedimento de limpeza dos parâmetros de auto aprendizado do câmbio.


veja como fazer e todas as informações clicando AQUI



ÓLEO DO CÂMBIO JÁ FOI TROCADO


Nesse caso, recomendo os seguintes passos:

a. Tenha certeza que o óleo usado foi o certo. Se não tiver certeza, troque novamente.


b. Tendo certeza que o óleo é o correto, veja se ele está no nível certo realizando o procedimento abaixo, com o carro ligado e nivelado:


1) deixar aquecer o óleo da caixa até uns 60°C (Ler a temperatura pelo Scanner);


2) Retire a caixa do filtro de ar para ter acesso ao bujão superior da caixa;


3) Retire o bujão superior (para entrada de óleo);


4) Retire o parafuso central de nível do bujão inferior da caixa (não tirar o bujão todo senão todo o óleo será drenado. É apenas o parafuso central dele!)


5) Ir adicionando mais óleo na caixa até começar a vazar pelo bujão de nível;


6) Recolocar o bujão superior e a caixa do filtro de ar;


7) Recolocar o parafuso de nível.



Se nada disso resolver, é recomendável levar o carro a um especialista em câmbio.



ENTRANDO NO DETALHE TÉCNICO



O corpo de válvulas é um componente bastante complexo com uma grande quantidade de passagens hidráulicas e um punhado de peças móveis. Existe uma série de válvulas de gaveta e pistões conectados a solenoides eletrônicos que controlam onde o fluido sob pressão deve ser direcionado dentro da transmissão.

O primeiro ponto que poderá falhar é que os pistões de aço eventualmente causam desgaste dos alojamentos de alumínio do fundido do corpo e permitem vazamento de fluido ao redor do pistão ou válvula de gaveta. Em alguns casos, eles podem não se desgastar, porém travam ou trancam seu movimento, agravado por um fluido hidráulico sujo ou deteriorado. Estes pistões são controlados pelo Módulo de Controle da Transmissão (TCM) que aplica vários pulsos no solenoide que controla a pressão aplicada. A ação de pulsação gera desgaste e fadiga no alojamento da válvula ou pistão. O fluido da transmissão, quando sujo, apressará o desgaste nestes pontos.


Substituir o corpo de válvulas usualmente solucionará 99% dos problemas de mudança de marcha que não seriam solucionados por uma atualização de software ou de programa do módulo.

Um técnico experiente nestas transmissões poderá substituir o corpo de válvulas sem remover a transmissão do veículo, mas mesmo assim, o custo deste trabalho será alto.


A experiência também mostra que, embora os corpos de válvulas remanufaturados estejam hoje presentes em grande quantidade no mercado, nem sempre eles são a melhor escolha para solucionar estes problemas. A melhor opção ainda é comprar um corpo de válvulas NOVO, pois o custo é quase igual ao de um remanufatura, e os resultados são bem diferentes.



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